quarta-feira, novembro 21, 2007

A vós...

Sempre de sorrisos oblíquos esperavam-me, encostados às paredes ocas de criatividade. Rostos sedentos de novidade, rostos reflectindo vida, alegrias, tristezas, cansaços, pequenos mundos escondidos. Mundo Homogéneo o nosso. Mesma idade, mesmas vivências, mesmas referências flutuavam naquele antro de enguias eléctricas. Caminhos idênticos que divergiram. Caminhos que se multiplicaram, depois, em vários trilhos diversos.
A experiência invulgar do caramelo... "Nunca pensei que comer um caramelo fosse tão psicadélico!". Na sala, alguns sons da natureza espezinharam a objectividade e o peso artificial da maquinaria. Da profundidade daquelas almas, daqueles seres com tesouros camuflados, surgiu a poesia. Experiências vividas, ao longo deste tempo, transformaram meras letras e palavras soltas em metáfores minuciosamente reflectidas.
Tal qual girassóis abraçam a beleza da palavra que os fulmina, admiram a poesia de cada frase, mergulham nos mares translúcidos de literaturas outras.
Teresa Garcia