Depois do meu amanhecer caminhado
Entre a cegueira de uma vida citadina
Cansada pelos murmúrios barulhentos do progresso
Sentindo ao longe o canto arrastado de botifarras desconhecidas
Ora frescas leves e vernizadas
Ora doentes negras e cambadas
Onde o veículo de conforto do Homem
Respira e cospe um contágio poluído
Ruge pela pressa que tem no meio de iguais
Agredindo outros com toques por demais
Quando ele mesmo sabe indiferente
Que faz o outro e mais outro esperar
Até atingir o cais que pretende alcançar
Quando nem dá conta do que desponta divinal
Num rasgo de um brilho ardente que ele não sente nem vê chegar.
Mas onde mora o meu sonho?!
Sonho o sonho que agora demora na Era
Por entre verdes prados que vivem de brincadeiras
Junto de graciosas Guardiãs montanhosas
Que fazem conduzir os fios da vida
Colidindo o cansaço ao saciar-lhes a sede
Defronte ao progresso que caminha em contramão
Numa ameaça feroz à humilde ruralidade
Ténue e ingénua aos avanços científicos
Mas onde sempre será rainha
Ao equilíbrio da humanidade.
É aqui onde mora o meu sonho!
Algures nas terras altas
Pela tranquilidade natural e o constante contacto com a natureza
Em fuga à impessoalidade e ao estéril do betão
Por troca dos fumos dos motores
Pelo essencial ar mais límpido
Puro… …Naturalmente…!
Este é o Sonho
Sem fundo na Era
Mas conhece seu Dono
Onde livre ele o espera …!Miguel Ângelo G. (EFA TIR)
Sem comentários:
Enviar um comentário