terça-feira, dezembro 12, 2006



Nos dias cinzentos de hoje, se procurássemos bem encontraríamos gigantes raios luminosos que reflectem de pequenas mentes escondidas, que lutam por se libertar da prisão a que são submetidas todos os dias, que se têm de deparar ao saírem da própria porta de casa, uma discriminação chamada “revelação de sentimentos”. É duro para alguém revelar o que sente, é duro para alguém assumir o que realmente sente, mas mais duro ainda é querer, sentir e ter medo.Nos dias de hoje vivemos em função da vida dos outros, da maneira como caminham, da maneira como olham, da maneira como respiram, da maneira como sentem. Está na hora de mudar isso, convencer-nos que um sentimento é algo único, não só de amor, não só de rancor, mas também de angústia, de insatisfação, desejo, luxúria. Não é preciso revelar a verdadeira identidade, basta querer e fazer, que logo encontraremos alguém que bem lá no fundo da alma sente o mesmo que nós mas como nós mesmos antes de assumirmos, tinha medo de avançar e escrever para esquecer ou partilhar a dor. Sou sol da vossa Lua, sou mestre da vossa vontade, e o meu desejo é que se libertem as vossas almas, que se inspirem em vocês mesmos e dêem forma ao abstracto, ao inexistente e, assim, se tornem mestres de outras vontades, Sol de outra Lua.
Texto: Rudy Rocha (Tim)
Foto: Paulo Barbosa (TPS)

Sem comentários: